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domingo, 31 de maio de 2009

A Boy and His Dog (1975)


Ficção pós-apocalipse sobre um rapaz, Vic (Don Johnson, em início de carreira), que tem um cachorro que fala. Quer dizer, fala, mas só com ele. O cachorro também tem uma capacidade extra-sensorial para encontrar mulheres. Em uma terra devastda pela guerra e habitada em sua maioria por homens essa habilidade é importante. Por isso, Vic não desgruda do cachorro de jeito nenhum. A primeira metade de O Menino e Seu Cachorro (que também tem o título alternativo, nos Estados Unidos, de Psycho Boy and His Killer Dog) chega a ser boçal, e praticamente nada acontece. Somente Vic procurando mulher e conversando com o cachorro. Só que certo momento Vic encontra uma garota, que ele não mata pois recebe dela a promessa de levá-lo à uma espécie de sociedade alternativa no subterrâneo. Chegando lá a primeira coisa que fazem com ele é dar-lhe um banho (cena muito estranha). Depois ele recebe a informação de que os homens de lá não podem procriar, por algum motivo. O que eles fazem? Pedem a Vic que se encarregue da árdua tarefa de procriar com as mulheres de lá. As coisas, no entanto, não são do jeito que nosso herói esperava, e aí ele precisa procurar uma maneira de fugir do local. São momentos estranhos, e os mais divertidos do filme. Os habitantes vestem-se como caipiras americanos e todos, homens e mulheres, usam uma maquiagem forte. Para completar, há um robô-policial com uns 3 metros de altura, uma figura assustadora. Completando o ambiente quase surreal, há um alto falante que fica repetindo várias frases sem um sentido ao menos linear. O filme vai andando bem até o inesperado e chocante final, que nos deixa refletindo sobre várias coisas.Bom filme de uma época em que se fazia ficções altamente criativas com pouco recursos e praticamente sem efeitos especias.

Trouble in Mind (1985)


Inspiradíssimo filme independente, a obra máxima de Alan Rudolph (Choose Me) conta a jornada de um casal do interior, tentando ganhar a vida em uma metrópole (a fictícia Rain City) com um filho pequeno. A cidade, infestada de corrupção policial, drogas e conflitos sociais, exerce tamanha influência sobre o pai da família, que ele passa de um inocente caipira a um ladrão viciado, mudando completamente sua personalidade e aparência, adotando um moicano, pierciengs e maquiagens. Um ex policial condenado entra em conflito com o casal, iniciando uma espécie de triangulo amoroso. O visual do filme nos dá a impressão que tudo se passa no futuro, em parte devido ao visual estilo "Blade Runner" e "Brazil" mas isso nunca é explicitado. A fita tem muitos coadjuvantes empolgantes, como a dona do restaurante com passado duvidoso, e o bandido culto e esquisitão que fala japonês. Atenção para a performance de "divine" imortalizado nos filmes do famigerado John Waters, no papel de um chefão do crime.

domingo, 10 de maio de 2009

The Cars That Ate Paris (1974)


Na pequena cidade de Paris, Austrália, os habitantes mais velhos tem um jeito mórbido de ganhar dinheiro: causam acidentes de carro e tiram tudo que podem das vítimas. Em um desses acidentes envolvendo dois irmãos, que estavam de passagem, um deles sobrevive, mas os habitantes não vão deixá-lo sair da cidade. O prefeito o abriga em sua casa e lhe arranja um emprego no hospital, onde são mantidas vítimas moribundas, mas ele não consegue trabalhar lá, então o prefeito lhe dá o cargo de inspetor de estacionamento. No dia do baile anual os jovens, perseguidos pelas autoridades locais, planejam uma vingança, com seus hot rods bizarros customizados(também aproveitados dos acidentes). É nesse momento que o forasteiro sobrevivente, acreditando não mais poder dirigir devido ao trauma causado, descobre que está curado quando utiliza um carro para matar uma pessoa. Apesar do tema mórbido, o filme é muito engraçado, dá pra perceber várias referências e sátiras, a propagandas de cigarro, filmes de faroeste e a própria indústria automobilística.